Pacientes em tratamento quimioterápico no Hospital Unimed São Domingos participaram de ensaio fotográfico, com direito a maquiagem, como forma de elevar a autoestima e incentivar outras mulheres a buscar a prevenção. Todo o trabalho foi realizado de forma voluntária pelo fotógrafo Hamilton Pavam e as maquiadoras Marcela Poiani e Renata Caboloni.
A iniciativa, idealizada pelo Comitê de Humanização do hospital, teve a participação do cancerologista Antonio Ângelo Bocchini, cooperado da Unimed Catanduva. Juntos, eles recepcionaram as pacientes com um café da manhã especial.
“Estamos aqui para reforçar a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e dizer a vocês que aproveitem deste momento que estes voluntários e a Unimed estão oportunizando. E, principalmente, para dizer que, mesmo em tratamento, não deixem a vaidade de lado”, disse o médico.
Muito mais que a beleza estética, a ação despertou a beleza interior de cada paciente e os melhores sentimentos, como o amor próprio, a alegria de viver e a oportunidade de compartilhar a experiência de conquistas na luta contra o câncer. A experiência dos profissionais voluntários também foi igualmente gratificante.
“Já havia realizado um trabalho semelhante em outra cidade, mas, em Catanduva, é a primeira vez. É visível a mudança de ânimo das pacientes: um toque de maquiagem e o registro de fotos sempre elevam a autoestima”, disse Pavam.
“Fiquei muito feliz com o convite, principalmente porque ele propiciou fazer algo que gosto em benefício de outras pessoas. É uma experiência incrível e inesquecível”, disse a maquiadora Marcela Poiani.
“Essa oportunidade está sendo emocionante. A mulher se sente melhor com a maquiagem e poder proporcionar esse dia especial a elas (pacientes) está sendo maravilhoso”, disse a maquiadora e colaboradora da Unimed Catanduva, Renata Caboloni.
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“Minha mãe e minha tia tiveram câncer de mama. Em 2016, identifiquei um nódulo no autoexame e, após a mamografia, apareceu um sangramento. Comecei a tratar com o Dr. Ayder (cooperado da Unimed) na sequência. Ao iniciar o tratamento, me inspirei nestas duas figuras femininas da minha família, que fizeram o tratamento e hoje estão bem. É muito importante realizar o autoexame. Faço desde os 30 anos e foi nele que identifiquei o nódulo em tempo de me cuidar”, disse Márcia Stefânia Paz da Silva e Santos, 45 anos
“No início é muito difícil. Ficamos desmotivadas, mas, o apoio da família, dos amigos e profissionais nos ajuda bastante. Fiz seis sessões de quimioterapia e 20 de rádio e aguardo o resultado dos exames. Não deixe de acreditar em si mesma. Tudo tem um porquê. O que mais me preocupava era a perda do cabelo. Quando fiz a primeira sessão de quimioterapia já caiu muito cabelo. Criei coragem e raspei. Depois, passei a usar peruca e, agora, voltou a crescer. Mas, nunca deixei de usar um batom, me esforço para manter minha autoestima”, disse Simone Gomes de Nascimento, 30 anos, moradora de Novo Horizonte. Ela trata um linfoma desde 2018.
Amei a inciativa. Nos deu um novo ânimo para seguir em frente. Cada vez que venho no hospital sou muito bem atendida e isso faz uma grande diferença no tratamento”, reforçou Silmara Ferreira Nunes Impastaro, 48 anos, em tratamento de leucemia há dois anos.
“É preferível você ter o diagnóstico o quanto antes para tratar. O resultado tardio pode não contribuir de maneira eficiente no tratamento. Temos que ser mais corajosas e perder o medo. Precisamos enfrentar todas as adversidades com coragem e cabeça erguida”, ressaltou Neide Ribeiro, 66 anos, que trata de mieloma múltiplo (câncer na medula óssea) há um ano.
Cleide Oliva Borthalossi, 65 anos, é amiga da Neide, ambas moram sozinhas e uma dá apoio a outra. Tanto que participou também do ensaio. “Deus me deu força para cuidar dela e fico feliz em vê-la bem. Moramos sozinhas”.
Créditos fotos: Unimed Catanduva/ Hamilton Pavam
Fonte: Assessoria/Unimed Catanduva